ABSTRACT
No presente trabalho foi estudado o emprego de ácidos graxos (octanóico e decanóico) como agentes de estabilizaçäo biológica de bebidas de baixa graduaçäo alcoólica de 6 a 7oGL (sidra e vinho) com açucar residual fermentável. Três cepas de leveduras foram empregadas no teste: Zygosaccharomyces bailii, Candida valida e Saccharomyces cerevisiae. Três níveis de ácidos graxos foram testados: 25, 50 e 75mg/l. As cepas testadas apresentaram-se mais sensíveis ao ácido decanóico. Na concentraçäo de 75mg/l, o ácido decanóico inibiu o crescimento de S.cerevisiae e C.valida, tanto em vinho quanto em sidra, porém, näo inibiu o crescimento de Z. bailli, uma levedura comum como deteriorante de bebidas e extremamente resistente à açäo dos ácidos lipolíticos frescos usados como conservantes em alimentos. Testou-se também a açäo sinergística de ácido sórbico (S) e ácido decanóico (D) em duas combinaçöes inibiu o crescimento de S. cerevisiae, demonstrando um efeito maior do que seria esperado a partir da simples soma dos efeitos isolados desses dois agentes. Os valores de "threshold" do ácido decanóico e octanóico foram abaixo de 8mg/l, portanto, muito aquém dos teores necessários para que os mesmos atuassem como agentes conservadores. Constatou-se que, embora os referidos ácidos graxos apresentem poder inibidor sobre S.cerevisiae e C.valida, näo poderäo ser empregados em funçäo de conferirem odor e sabor estranhos à bebida
Subject(s)
Fatty Acids/biosynthesis , Alcoholic Beverages/analysis , Fermentation/physiology , Saccharomyces cerevisiae/growth & development , Wine/analysis , Yeasts/isolation & purificationABSTRACT
Vinhos brasileiros de elevada acidez foram desacidificados pelo processo de precipitaçäo de sal duplo de cálcio (tartomalato de cálcio), com emprego de Acidex e Neoanticid. Vinhos tintos de Isabel, Concord e Híbrido (IAC 138-22) foram empregados, com acidez total de 10,42 a 11,40g/l (em ácido tartárico). Os vinhos apresentam teores equivalentes de ácidos málicos e tartárico. Pela precipitaçäo de sal duplo, cada vinho-base foi desacidificado em vários níveis de acidez. O processo permitiu a reduçäo de ácido málico de até 44,64 por cento e a reduçäo de acidez total devida ao ácido málico de até 55.40 por cento. Quando a precipitaçäo era somente de cristais de sal duplo ("ouriço" e "agulha"), observou-se que as reduçöes de ácido málico e tartárico eram equimolares. O método possibilita estabelecer nível desejado de acidez do vinho por meio de cálculos e tabela